top of page

No último andar da torre


Resolvi voltar, descobri que o mundo real machuca muito, entretanto, aprendi muito com isso!

Minha primeira descoberta foi que temos que confiar mais nas flores do que nas pessoas, mas tem gente legal também e elas são bem pequenininhas, porque as grandes são tão cheias de si, que se tornam gigantes só de ego. Descobri também que esses grandões escondem o que há de mais bonito, seus sentimentos, eles estão sempre com a mesma cara, não conseguem nem chorar, eles nem se permitem lavar a alma. Você sabia que quem não chora não ri? Aprendi isso também. Ah! E eles nem ligam para as pequenas coisas, pisam nas flores, nas formigas, nem observam a cor do céu de manhã. Só sabem reclamar do calor e da chuva, nunca estão satisfeitos. Eles só se importam em parecer melhor que o outro, superar o outro e esquecem de olhar para caixinha onde escondem esse coração petrificado.

O mais triste desse mundo real é que as pessoas desistem do amor e inventam tantas justificativas

para isso. "Ah! Ele(a) tinha muito defeito", "eu estava infeliz" "ele(a) não gostava da mesma música que eu", "ele(a) não conseguia viver no meu mundo". Tanta coisa que daria para escrever um livro só com os motivos que eles dão para desistir um do outro.

Eles são muito ansiosos, não conseguem viver as estações, sempre querem estar na primavera, quando o outono chega, eles não conseguem suportar e quando passam pelo inverno, acabam desistindo da própria vida.

Aqui é quentinho e tão alto que eu consigo tocar as estrelas. Posso voltar a pintar, cantar, tocar meu violino imaginário, dançar minha valsa, ri sozinha, até me sentir acompanhada pelas nuvens e pelo meu amor próprio.

No mundo real o para sempre não existe, sabe por quê? Para podermos viver mais experiências e evoluir.

bottom of page