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Querida Intensidade

  • Juliana Sena
  • 29 de jan. de 2020
  • 1 min de leitura

Atualizado: 25 de nov. de 2020


Querida intensidade, mesmo que tu arranque a minha pele de uma vez só, mas me faça amar como se fosse a última, eu agradeço sua existência.

As vezes eu me pego num paradoxo constante, em não saber se eu te amo ou se eu te odeio, porque no mundo em que eu vivo, ser intensidade, é considerado uma ameaça a pessoas rasas.

Ser intensidade é sentir a dor do mundo inteiro num peito só.

É sentir o amor do universo num só corpo.

É não me caber no corpo que transporta minha alma.

É ser tanto, mais tanto, que dói.

É nadar contra a maré, é amar sempre que puder, mesmo sabendo que irei pisar várias vezes em cacos de vidro, de novo, e de novo, e de novo...

É ter vontade de atravessar o outro com um só beijo.

Bordar a alma de quem me olha.

Declamar canções de amor enquanto faço amor.

É sentir tanto, que quando a dor vem, parece que tô vomitando minha alma.

Mas quando é o amor que bate a porta, é nele que me faço morada.

Intensidade, as pessoas tentam nos fazer acreditar que ser amor é errado, que temos que nos esconder, ser menos, mal elas sabem que erradas são elas por não se mostrar por dentro.

Elas preferem viver no raso, porque é mais fácil, mas bom mesmo, é viver as correntezas do fundo.

 
 
 

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