A gente sai tentando amarrar nó em tantas agulhas, que nunca dá tempo de costurar
- Juliana Sena
- 20 de set. de 2020
- 1 min de leitura
Atualizado: 20 de jan. de 2022
As vezes me pergunto se ainda é possível se conectar de forma profunda com as pessoas por esses tempos. A gente conversa com 300 pessoas ao mesmo tempo e não se aprofunda em ninguém, porque o outro dificilmente está por inteiro, ou até nós mesmo (assumo a culpa também). As vezes é só empréstimo, um aluguel de ouvidos e papo para o ar.
Conversas rasas onde persistem nos mesmo assuntos todas as vezes, parece que não anda. Sinto a sensação que a gente sai tentando amarrar nó em várias agulhas, mas nunca dá tempo de costurar. E quando menos esperamos, demos nó em nós mesmos com tanta linha solta.
Mas em meio a tanta linha solta, eu fico extremamente feliz em está me bordando. Pois, são tempos de mergulhar para dentro.
Eu acho incrível que quanto mais eu nado para dentro de mim, mais eu descubro nuances, dentre tantas descobertas infinitas. Carrego um universo nos meus olhos, se é que me entende. Eu desbravo meu deserto a procura da minha fonte de água cristalina e a cada passo requer coragem, e sim, é cansativo, mas ao mesmo tempo, digo, na maioria das vezes, vale muito a pena. Porque o eu precisa deixar de ser a morada do desconhecido em algum momento da vida.
Nesse universo que o ser humano é, tem muitos planetinhas que ainda precisam ser explorados.
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